Insatisfação Profissional

A insatisfação com a vida profissional é um dos motivos que mais leva as pessoas a procurar as sessões de Life Coaching. Os argumentos são vários: sentirem-se desvalorizados, incompreendidos, não pertencentes, mal remunerados, frustrados e com uma grande necessidade de reconhecimento e valorização pessoal. A causa destes sentimentos e necessidades não satisfeitas prende-se, muitas vezes, com o relacionamento que mantêm com o superior hierárquico, que, por norma, tem comportamentos de chefia ao invés de liderança.

Se este é o teu ponto A, o de estar a trabalhar com um chefe, como seria o teu desempenho se o teu superior hierárquico fosse um líder?

Este é um tema que muito tem sido discutido e que apela ao investimento na utilização da inteligência emocional por parte dos superiores hierárquicos e empresários, mas também dos trabalhadores em geral.

Em várias fases, contextos e áreas das nossas vidas já nos deparámos com lideres inspiradores e com chefes (in)competentes.

Perceber se trabalhamos com um chefe ou com um líder pode ajudar-nos a não colocar em causa o nosso valor pessoal, autoestima ou autoconfiança e a definir o nosso Ponto B.

Vamos explorar esta diferença e perceber em que contexto laboral estás inserido(a)?

  • Tomada de decisões

A tomada de decisão não pode por si só definir o tipo de hierarquia em que te inseres, mas pode influenciar o teu desempenho e produtividade.

És incluído ou excluído no processo de decisão?

É um processo que está na mão de uma só pessoa?

Limitam-se a dar-te ordens ou ouvem com curiosidade e abertura as tuas opiniões, sugestões e valorizam os teus conteúdos?

  • Comunicação entre o superior hierárquico e a equipa

Quando algo de menos bom acontece, és desmoralizado em público?

Quando o superior comunica algo à equipa, utiliza maioritariamente uma linguagem pessoal e começa as palavras com “Eu”, ou utiliza a palavra “Nós”?

Comunicam a informação e ordenam-te que cumpras um objetivo com poder e sonegando informação importante que pode ser determinante para o teu desempenho?

Delegam-te uma tarefa com toda a informação que necessitas para desempenhares com eficácia o teu trabalho?

Promovem um diálogo respeitador e seguro?

  • Motivação

O teu superior hierárquico trabalha conjuntamente contigo ou afasta-se nas alturas difíceis?

Investem na tua formação profissional e desenvolvimento pessoal?

Sentes que é reconhecido? Como?

Recebes mais feedbacks negativos do teu superior, ou feedback com foco nos pontos em que podes melhorar?

Sentes que confiam em ti e no teu trabalho a maioria das vezes?

Quando tens em mãos um projeto desafiante e com prazos apertados, tens um superior que segura o leme e incentiva o grupo, ou ficas à deriva?

As soluções são pensadas em conjunto, com colaboração, empatia e respeito pela individualidade do colaborador?

 

Espero que este “Question-storming” te ajude a definir bem o teu Ponto A relativamente à relação que manténs com a tua equipa ou com o teu superior hierárquico.

Mantermos relacionamentos profissionais com base no autoritarismo, no desrespeito, na desigualdade e baixa honestidade afeta o nosso desempenho, a nossa Autoestima e Autoconfiança e também o nosso Estado Emocional.

Um relacionamento tóxico profissional afeta também os nossos relacionamentos pessoais e familiares.

Quando tomamos consciência do porquê dos nossos comportamentos e sentimentos, a nossa primeira reação é a de querer mudar e começamos um caminho de mudança. Neste caminho, às vezes definimos o objetivo de forma demasiado ambiciosa e podemos sentir-nos frustrados e desanimados. É importante definir o nosso ponto B de forma realista (embora não realista demais), mas, sobretudo, manter presente que o caminho de A para B é feito de vários pequenos passos.  Na procura de uma atividade profissional mais satisfatória, ainda que nem sempre a mudança para o estado desejado seja imediata, é possível dar passos que nos permitam alcançar mais paz interior e, assim, desenhar um plano de ação saudável, com tomada de decisões congruentes, ecológicas e sustentáveis.

O que descobriste ao responder ao “Question-storming”?

Qual vai ser o teu primeiro passo? Partilha nos comentários!

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